Até você chegar

janeiro 10, 2013
A questão toda é essa:
Um desajuste de querer.
Um timming errado no relógio
Do” and “do not
Não saber o que fazer nem de longe.
Nem de perto.
Refrear-se…
Tamanho estado de agonia
Esse, em que tenho estado.
Uma mistura de muita coisa.
Tudo misturado.
Logo eu, que nunca mais escrevi nada.
[Até você chegar].

Queda livre

novembro 21, 2012

Vem, me tira a calma.

Rouba minha razão de cena, que já me perco em pensamentos.

Não me venha em vão, vão de sentimentos.

E me queira mesmo que eu não saiba como, quando, até quando.

Eu não quero conversa de pé de ouvido, nem mensagens de meia-noite.

Quero aquele mergulho fundo no abismo.

Louco e impulsivo.

Em queda livre.

Livre.

Em 3, 2…

Vamos?


Apolo

setembro 30, 2012

Da Mitologia, Deus Sol, o nome foi trazido para me trazer luz quando a minha própria estava um pouco apagadinha. E foi tanta energia que ele trouxe, tanto vigor,

Era muito parecido comigo em muitos aspectos. Até nos defeitos. Era forte, brincalhão, companheiro. E também genioso, independente e um pouco carente.

Era e sempre vai ser o meu “nene”. Sempre vou saber todas as partes em que dividi o cachorro para brincar com ele: o cocoruto (rugas no alto da cabeça), altinho ( uma parte alta antes do focinho), “bigo” (o umbigo) e assim por diante. Quisera eu chegara tempo de brincar com ele uma última vez.  O que me faz lembrar das inúmeras manias que ele tinha:

Olhava de soslaio, dormia com 1 das patas dobradas pra baixo. Odiava fotos e que apontassem as coisas pra ele, não gostava de ser carregado. Sempre foi livre, e agora continua.

Até o fim – se é que se pode dizer isso – se manteve fiel ao que ele era, até nas implicâncias. Não gostava dos outros cachorros da rua, e do meu irmão mais velho


A noite me assalta

agosto 17, 2012

É à noite que o pensamento me assalta;
Leva de mim o hoje e te traz de volta de repente.
Dá um ‘rewind’ em algum lugar da mente que te esqueci.
Que te perdi e sufoquei, para não mais me faltar o ar novamente.

E quando todas as luzes se apagam, eis que uma acende:
Luz da memória que me faltava;
E segredos do canto do meu travesseiro.

Não sei o que a tua ausência fez comigo
Mais ‘ausente’ talvez, menos crédula.
E agora que resolvo me lançar aos leões novamente;
Não ouses voltar.

Tu me confundes o julgamento.
É à noite que isso acontece.
Que o pensamento me assalta.

Porque durante o decorrer do dia, de todos os dias, dos últimos anos, tenho me concentrado em não olhar pra trás.
Não me tentes.


A day after Rio + 20

junho 21, 2012

A great friend of mine said to me recently:

“The politics don’t change itself. You have to join the conversation”.

And I did. A couple weeks ago I was invited to discuss Sustainable actions and Social Media at Rio + Social.

In the same room there were several leaders and new entrepreneurs of all over the world, who took a break and a deep breath, to discuss what we supposed to do to finally go in the right direction about sustainability.

Here some thougths:

– We have to commit about what we are saying we supposed to do. We didn’t in the past, so it’s urgent that we do it now, and not 20 years from now.

– It’s everyone’s matter. Join generations in the discussion just make our cause stronger, doesn’t matter who is right or wrong. The point is: let’s discuss about it and see how it goes.

– Wealth it’s the aim of the majority of companies in the world. But, like someone said during a panel: “my money worths nothing if in the future I’ll be dead”. So, what’s the kind of wealth we are seeking that don’t provide us a future in our own world?

– Let’s question our leaderships. People who are representing us in the government, companies, universities need to be questioned about their actions. Before it’s too late. You can blame all of them for the problems we have, or you can question them about it, and get better solutions for your neighborhood, community, society or each group you belong.

– Let’s think about what we consume. Question your own habits, the energy you consume, what you wear or eat, and most important of all, what you can to help other people to be aware about their role as a consumer.

– You are not alone – I loved when Fabien Cousteau said he believed in miracles in the beginning of his speech and concluded with the same statement. Believers, like us, knows that every fight we are involved to gets better and so much easier to implement when we are passionated about it.

There’s a lot to do – Yes, I know, but you can start doing what you can. A day after Rio + 20  I know what’s my role in the world I want my children to grow up. I know the world I want to live in, and the one I want to share with you.

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Um dia depois do Rio + 20

Um grande amigo meu disse pra mim recentemente:

“A política não muda por si mesma. Você tem que participar do diálogo”

E eu fui. Há algumas semanas fui convidada para discutir ações de Sustentabilidade  é Mídias Sociais no Rio + Social, evento paralelo ao Rio + 20.

Na mesma sala, vários líderes e empreendedores do mundo inteiro, deram uma pausa e respiraram fundo para discurtir o que nós deveríamos fazer para finalmente irmos na direção certa em relação a sustentabilidade.

Aqui vão alguns pensamentos:

– Nós temos que nos comprometer com o que dizemos que vamos fazer. Nós não fizemos isso no passado (Eco 92), é urgente que façamos agora. E não daqui a 20 anos.

– O problema é de todos. Incluir diferentes gerações na discussão apensas torna a nossa causa mais forte. Não importa quem está certo ou errado. O ponto é: vamos discutir e ver o desenrolar dos fatos.

– A riqueza é a objetivo da maioria das organizações no mundo. Mas, como alguém disse durante um painel: “meu dinheiro não valerá nada se no futuro eu estiver morto”. Então, qual tipo de riqueza nós estamos procurando que não nos provê um futuro melhor no nosso próprio mundo?

– Vamos questionar nossas lideranças. As pessoas que estão nos representando no Governo, Empresas, Universidades precisam ser questionadas acerca de suas ações. Antes que seja tarde demais. Você pode culpar todos eles pelos problemas que você temou pode questioná-los e ter melhores soluções para a sua vizinhança, comunidade, sociedadee cada grupo que você faz parte.

– Vamos pensar sobre o que consumimos. Questione os seus próprios hábitos. A energia que você consome, o que você veste ou come. E o mais importante de tudo: o que você pode fazer para ajudar outras pessoas a ficarem atentas sobre o seu papel como consumidor.

– Você não está sozinho – eu amei quando Fabien Cousteau disse que ele acreditava em milagres. No ínicio e no fim do discurso dele. Pessoas que acreditam, como nós, sabem que cada luta que nos envolvemos fica muito mais fácil de implementar quando somos apaixonados por ela.

– Há muito a ser feito – Eu sei. Mas você começa fazendo o que puder. Um dia depois do Rio + 20, eu sei qual é o meu papel no mundo que meus filhos vão crescer, o mundo em que eu vivo, e aquele que compartilho com você.

Nayla Soutelo.


No place

junho 14, 2012

There’s no room for two.

No memories and no calls.

No hope at all.

If there’s silence instead of truth.

There’s no place in my heart for you.

I almost missed you yesterday

I almost missed you

I almost

I (it’s just me now).


Trecho 4

abril 5, 2012

[Fragmentos são pedaços da minha vida com a vida de pessoas que deixaram presentes memoráveis para mim]

Mal saberia que a conversa tomaria aquele rumo. Mas respondeu a contento.

– Sorte ou destino? – ele perguntou. Em que você acredita?

Foi pega pensando um breve instante.

– Acredito que as pessoas tomam decisões que as levam onde tem que ir. De forma consciente ou inconsciente.

Ele falava brevemente sobre como tinha sido afortunado no ultimo mês: entrou no lugar certo, em uma posição que muitos almejavam, e conheceu as pessoas certas para progredir profissionalmente.

E ela falou da etapa anterior a essa:

– Sabe por que isso? Porque você nunca se julgou incapaz de fazê-lo. Em nenhum momento disse -“não é pra mim” – ou achou que seria um desafio grande demais para você.

Ele pensou por um momento e concluiu:

– Crescer na vida é para quem tem coragem.

Ela assentiu. E os dois compartilharam aquele insight que traduzia tão bem o momento de vida que estavam passando.

E depois – com aquele sentimento ainda mais corajoso – reafirmaram um para o outro o seu querer. E seguiram adiante fortalecidos.

E a ocasião deste encontro: sorte ou destino?


Em meio aos encontros

março 5, 2012

Todo mundo carrega em si um pouco de solidão.

E não é só quando está no escuro do quarto,  escutando uma música ou em estado meditativo.

Digo isso porque outro dia, o encontrei na rua.

Com o olhar perdido na multidão. Chamei-o pelo nome. Adorei vê-lo.

Disse a ele meia dúzia de coisas amáveis.

Ele me olhou, segurou na minha mão como se estivesse me vendo aaaanos atras. Daí eu senti, em meio aquela saudade, uma pontinha de solidão, despertada, vejam só, pela ocasião do encontro.

E pensei em quanta gente se sente só mesmo quando está na companhia de outras pessoas.

Fiquei brevemente emocionada. Disse mais algumas coisas e me despedi, não sem antes lembrá-lo que encontros felizes, como aquele tão simples, no meio da rua, são necessários para sermos felizes. De novo.


O amor que espera

fevereiro 28, 2012

Tem sido um pensamento recorrente. Assisti dois filmes e percorri um livro com esta temática e estou quase acreditando que é algum tipo de sinal.

Sempre me despertou curiosidade o amor paciente. Aquele que sabe que o objeto do seu desejo é aquele determinado ser, e que mesmo com o passar do tempo, não muda. É algo entre a teimosia e a meta.

Tem pitadas de platonismo, de crença, de certeza.

É algo que me perturba.

Como se pode ver assim tão longe?

Era assim no filme italiano do outro dia – Dez invernos – em que o casal passa 10 anos entre idas e vindas até finalmente acertar os ponteiros. Era assim no Amor nos tempos do cólera, em que se passa quase uma vida, sendo os últimos momentos de total felicidade – já na velhice – ao lado de quem se ama.

É algo que vejo e não sei se acredito. Porque aprendi ou me condicionei a sempre olhar pra frente.

Mas, confesso, acho totalmente lindo o que pode acontecer com o Amor que Espera, que te guarda, te recorda, vive de ti, e no final, te ganha.

É a maior prova de expressão da vontade de uma pessoa em relação a outra.

É algo que vejo e não sei se acredito.

É algo que me perturba e pode, quem sabe um dia, me ganhar.


Só de olhar

janeiro 3, 2012

Já velei o sono de alguém.

Olhei atentamente, vi o encher e o esvaziar do peito, noite adentro.

Numa alegria besta.

Vi todas as  feições da face durante o sono. Serenas e engraçadas.

Mas havia um sono que eu nunca havia visto até outro dia.

Alguém que velava o sono de outro que já descansava na paz do senhor.

Aqueles olhos suplicantes. Lacrimejantes. Que já não sentiam o cair das lágrimas. Mas que olhavam para ali – numa eterna esperança.

Olhos grandes e desejosos de que a vida se fizesse novamente como num sopro.

Você já desejou que alguém vivesse muito tempo só de olhar para ele?

Faça isso.  É um gesto incrível de amor.

A vida é um sopro.

Mas, ao contrário do que a gente pensa, o sopro da vida não passa.

Apenas muda de direção.

 

Um dia (com fé) todos nós vamos entender e aprender a enxergar tudo de forma diferente. Amém.